Cai o penúltimo coronel do Maranhão…
Blog do Ed Wilson, com edição
Com a derrota do prefeito João Castelo (PSDB), um dos piores subprodutos da oligarquia Sarney, São Luís começa a dar as costas para os políticos arcaicos.
Castelo é o sinônimo do atraso, da incompetência e do autoritarismo. É tudo que o povo de São Luís começa a rejeitar.
O governo Roseana Sarney (PMDB) empenhou-se na campanha tucana, mas não adiantou. Os coronéis perderam.
Há um sentimento de renovação no eleitorado ludovicense, que pode se estender à eleição de 2014 para o governo do Maranhão.
E a eleição de Edivaldo Holanda Junior não configura uma renovação ideológica de grande profundidade. Também não é uma alternância de poder entre grupos muito distintos.
É uma renovação de gerações. Um grupo mais jovem assume o poder.
João Castelo foi derrotado pelos fatores que todo mundo conhece, traduzidos em uma palavra – abandono.
O prefeito de São Luís passou três anos indiferente à cidade. Dedicou o segundo ano do mandato – 2010 – para eleger a filha Gardeninha Castelo (PSDB) deputada estadual.
Somente no último ano (2012) Castelo resolveu “trabalhar”, reacapeando as grandes avenidas, enquanto os bairros sofriam todo tipo de maus tratos do poder público.
A Prefeitura fez algo desumano com centenas de pais e mães de família. Deixou as crianças um semestre inteiro sem aula por falta de condições estruturais nas escolas.
O prefeito não teve habilidade sequer para costurar uma coligação. Todos os partidos aliados o rejeitaram. Restou ao prefeito montar uma chapa tucana pura, com o deputado estadual Neto Evangelista de vice.
Castelo chegou ao final do mandato do jeito que começou, engolindo a própria arrogância.
A mesma arrogância do coronel-mor José Sarney (PMDB), que ainda governa o Maranhão como se fosse um feudo onde ele tudo pode e manda.
Foi com essa concepção atrasada que João Castelo pôs na cabeça que poderia vencer a eleição de qualquer jeito, mas foi derrotado.
Perdeu a eleição em condições atípicas na capital, quando a regra é o prefeito garantir a reeleição ou fazer o sucessor. Tinha sido assim desde 1988, no primeiro mandato de Jackson Lago (PDT).
A derrota de Castelo é um abalo no coronelismo que amaldiçoa o Maranhão. Caiu o penúltimo. Que em 2014 venha abaixo o que restou dos escombros da política.
fonte: http://www.luispablo.com.br/
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