Uma comitiva do Município de Parnarama liderada pelo prefeitoRaimundo Silveira, foi recebida na manhã desta sexta-feira, 18, pelo presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, Humberto Coutinho, para uma reunião com o superintendente do Banco do Brasil no Maranhão, Ingo Kobarg Júnior, para buscarem alternativas que impeçam o fechamento da agência do banco em Parnarama. Fazem parte da comitiva o vice-prefeito, Gilson Moura; a primeira-dama e também secretária de Política para Mulheres, Girlene Soares; os vereadores Joilson Soares, Ricardo Barbosa, Miguel do Tiririca, Hianes do Cícero do Franco, Antônio José Morais Leite e Elias Cardoso; o tenente Wesley Pessoa, comandante da Polícia Militar em Parnarama. Também participaram da reunião deputado federal, Rubens Pereira Júnior e os deputados estaduais, Carlos Florêncio e Rafael Leitoa.
Sob o argumento de que a cidade não oferece segurança suficiente, representantes do Banco do Brasil, em Parnarama, anunciaram o fechamento da agência na cidade, causando grande descontentamento em toda a população e mobilizando autoridades e representantes do poder público do município em busca de solução para o transtorno que a população passou a sofrer desde então.
O prefeito, Raimundo Silveira, vê o fechamento da agência como um retrocesso e avalia como desrespeitosa a posição do banco com seus clientes: a população da cidade e de seu entorno. “O município de Parnarama não oferece nenhum motivo para a retirada da agência do Banco do Brasil, nem mesmo o alegado, que é a falta de segurança, pois os riscos são os mesmos em qualquer lugar. Estamos nos mobilizando de todas as formas no sentido de reverter a situação, pois não podemos permitir que o povo seja prejudicado e que o município contraia tamanho prejuízo”, desabafou o prefeito.
Para o vice-prefeito, Gilson Moura, a permanência da agência no município é imprescindível e a sua retirada vem de encontro com o crescimento da cidade, com as necessidades da população e também com o papel social que a instituição deve dispensar aos seus clientes em todo o País, incluindo aí Parnarama. “Não encontramos uma razão sequer para que o Banco do Brasil feche a agência de Parnarama, o que representa uma perda significativa para toda a nossa população que já está sendo bastante prejudicada, por isso estamos aqui hoje”.
Se mostrando igualmente indignado com a atual situação por que passa a população de Parnarama, o presidente da Assembleia Legislativa, Humberto Coutinho, disse ser essa uma péssima decisão. “O motivo de estarmos hoje aqui reunidos é para que possamos buscar uma solução para esse grande problema e para podermos fazer algo pela permanência da agência em Parnarama e vamos continuar nos mobilizando para que isso aconteça. Esse é um movimento suprapartidário, porque é um movimento para o bem da sociedade de Parnarama”, afirmou.
O deputado Carlos Florêncio, que estava presente na reunião anterior que aconteceu na Secretaria de Segurança Pública se disse bastante animado com a condução do movimento em favor da permanência da agência do banco em Parnarama e que classificou a decisão do Banco do Brasil como um grande erro. “Nós estamos lutando, o Banco alega que a falta de segurança é o maior problema, mas sabemos que o índice de criminalidade com relação aos bancos tem diminuído bastante, então esse discurso não nos convence e esse é um grande transtorno para a sociedade. Pelo que entendi eles estão se baseando em estatísticas passadas, em casos ocorridos em 2015, mas não tem sentido essa alegação” ponderou.
Fazendo coro com os demais, o deputado estadual Rafael Leitoa disse que recebeu a notícia do fechamento da agência com tristeza e lamentou, tendo em vista que a agência do Banco do Brasil é muito importante não só para o município mas para toda a região. “O banco tem suas políticas e estas foram colocadas aqui, agora nós vamos encaminhar uma reunião em Brasília onde há um poder de decisão maior, para que possamos reverter essa situação, e ver se conseguimos, de pelo menos, que o posto de atendimento tenha o numerário para podermos ajudar a população. Enquanto isso vamos continuar insistindo, na próxima semana devo acompanhar o deputado Rubens Jr. em Brasília para que possamos evitar que o banco feche por completo”.
Também engajado na causa e unindo as forças com os demais, o deputado federa, Rubens Pereira Júnior, disse que a mobilização em favor da permanência da agência do Banco do Brasil em Parnarama já é uma força tarefa e não faz sentido que o município seja tão sacrificado. “Nada justifica o fechamento da agência, já apresentamos as ações com relação à segurança, já observamos sobre as movimentações de vários programas que a cidade recebe e não aceitamos que o banco alegue que a agência não seja lucrativa, tem a folha dos funcionários municipais, tem os aposentados, a cidade faz parte da nova região agrícola do Maranhão e nada justifica esse fechamento”, defende o deputado.
O Procon-Ma, responsável por intermediar conflitos entre consumidores, participou da reunião representado pelo seu presidente, Duarte Júnior que vê o fechamento da agência do Banco do Brasil em Parnarama como verdadeiro retrocesso, e faz coro com os que veem o fato como grandeprejuízo. “O Maranhão já ingressou com uma ação civil pública para impedir o fechamento dessa agência e para garantir a movimentação financeira. Conseguimos uma liminar, mas infelizmente essa liminar caiu no STJ. Estamos despachando com o Poder Judiciário para que possamos conseguir uma decisão de mérito definitiva favorável aos consumidores clientes de Parnarama”.
Representando o Banco do Brasil, Ingo Kobarg, disse que a decisão de fechar a agência não é nova, é antiga e apenas está se concretizando agora. Ele destacou como positiva a atuação de todos em favor de uma solução e colocou que a decisão não é da superintendência local, e sim da diretoria do banco em Brasília. “Ficou aqui decidido que o prefeito Raimundo Silveira, dentro de algumas situações em que ele possa oferecer melhorias com relação a segurança pública do município, junto à comunidade e também ao Conselho de Segurança, para que possamos pleitear junto a Brasília alguma alternativa que possa viabilizar o uso do numerário naquela dependência, mas essa é uma decisão de Brasília e não posso me comprometer com prazo já que é um conselho colegiado de Brasília que os define”.
Texto: Cida Macedo
Fotos: Márcio Diniz
FONTE: http://parnarama.ma.gov.br
