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segunda-feira, 6 de maio de 2013


Prefeituras de São Luís, Caxias e Imperatriz estão sendo investigadas por desvio de recursos


O superintendente da Polícia Federal no Maranhão, Cristiano Sampaio, revelou ontem, em entrevista ao repórter Marcial Lima (Mirante AM) que dos três mil inquéritos sobre desvio de recursos públicos, em curso no Brasil, mais de 780 envolvem as prefeituras municipais de São Luís, Caxias, e Imperatriz. As referidas gestões responsáveis pelos crimes contra a União, porém, não foram especificadas pela PF, que já investiga pelo menos 41 casos atribuídos ao agiota Gláucio Alencar Carvalho, denunciado como mandante e financiador do assassinato do jornalista Décio Sá, em abril de 2012.
“Deste total de 780, temos 700 inquéritos sobre desvio de recursos públicos federais que envolvem a Prefeitura de São Luís, cujas gestões não podemos adiantar porque estão em fase de investigação. Os demais inquéritos, nos quais apuramos esses crimes, envolvem as prefeituras de Caxias e Imperatriz, cada uma com 50 e 30 procedimentos em curso, respectivamente. Grande parte desse material nos foi repassada pela Polícia Civil do Maranhão, que iniciou as investigações acerca dos chamados “crimes de agiotagem” e que vieram à tona com a morte do jornalista Décio Sá”, disse Cristiano Sampaio.
A agiotagem no Maranhão, que agora é investigada por uma comissão de três delegados federais, foi esmiuçada,o esquema envolvendo 41 prefeituras maranhenses ficou claro, por meio de gravações telefônicas, depoimentos de testemunhas e até declarações de alguns ex-prefeitos, suspeitos de ligação com a quadrilha do agiota, que exigia como garantia de pagamento orçamentos da Saúde e da Educação municipais, comprometidos nas campanhas eleitorais dos prefeitos.
Segundo já foi amplamente divulgado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Maranhão, Gláucio Carvalho e seu bando cobravam juros exorbitantes sobre verbas estaduais e federais. Todo o esquema de agiotagem veio à tona quando o pai do agiota, José de Alencar Miranda Carvalho, de 73 anos, foi preso com a quadrilha, em sua casa, no bairro Calhau, durante a “Operação Detonando”, realizada pela polícia judiciária em junho de 2012. No imóvel do agiota, foram apreendidos 37 talões de cheques em branco, mas com assinaturas de vários prefeitos do Maranhão.
Revelação – Um desses ex-gestores investigados é Raimundo Nonato Sampaio, conhecido como Natim, que administrou a cidade de Zé Doca. Na matéria, o ex-prefeito revela ao repórter da TV Mirante que fez um empréstimo com Gláucio Alencar no valor de R$ 100 mil, oferecendo em troca dinheiro de uma licitação para fornecimento de merenda escolar à cidade. À polícia, Natim contou que, após ganhar o recurso, foi visitado pela quadrilha de agiotas, que cobrou um valor três vezes maior do que o empréstimo concedido anteriormente e que mesmo assim voltou a fazer acordos com o grupo.
Sem saber que estava sendo entrevistado, Raimundo Sampaio disse que, “após o fornecimento de merenda escolar, foi feito um acordo para que uma empresa de Gláucio Alencar ganhasse a licitação para a reforma do mercado municipal de Zé Doca, em 2011. Após a licitação, os serviços de recuperação do mercado nunca foram feitos. O ex-prefeito também disse que fechou um acordo com uma empresa de Gláucio Alencar para fornecimento de medicamentos à rede pública de saúde”. “Eu comprava cento e poucos mil de remédios e vinha 30 mil de remédios”, contou Natim.
Cheques – Em outras cidades maranhenses relacionadas ao esquema de agiotagem, alguns prefeitos endividados chegaram a assinar cheques em branco para pagar os agiotas. O dinheiro saía direto de contas de programas federais, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Dois desses cheques apreendidos são da Prefeitura de Arari, um deles no valor de R$ 102 mil. Em poder da quadrilha de Gláucio Carvalho também foram encontrados cheques da cidade de Rosário.
Na cidade de São Domingos do Azeitão, somente um dos cheques encontrados com os agiotas tinha o valor total de R$ 780 mil. As investigações mostram ainda a participação de pessoas que eram utilizadas como “laranjas”, uma delas de 2008. Ela aparece como uma das sócias da empresa JS Silva e Cia Ltda, que em 2010 venceu uma licitação na Prefeitura de Olho d”Água das Cunhãs para fornecer merenda escolar no valor total de R$ 324 mil.
Mais
Apesar do grande avanço nas investigações acerca dos crimes praticados pela quadrilha de Gláucio Alencar, as polícias Civil e Federal no Maranhão ainda não podem especificar o montante do “rombo” feito pelos agiotas aos cofres públicos do estado. O que já se pode ter ideia é sobre o que seria o valor lucrado mensalmente pelo líder da rede criminosa, cujas anotações pessoais indicam renda de mais de R$ 1,7 milhão. O homem acusado de mandar matar Décio Sá, segundo as investigações, possui patrimônio orçado em R$ 20 milhões.
Fonte: Fonte: Jornal O Estado do MA

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